Viajar é cada vez mais sinónimo de “coleccionar cromos”. Pegamos num guia de uma cidade ou país e somos bombardeados por sugestões de “locais imperdíveis”, ou “top de monumentos”, ou “paisagens a não perder”.
A pressão é imensa, feita pelos outros (“então foste a Londres e não viste o Big Ben? Como é possível?”) e por nós mesmos, ao nos impormos que temos de ir aos locais “obrigatórios”.
O que obtemos é o oposto ao que deveriam ser férias ou viajar: andamos numa correria entre sítios e atracções, deixando pouco ou nenhum espaço para coisas tão simples como a contemplação, o descanso, o silêncio, ler sobre o destino onde estamos ou simplesmente desligar o cérebro por um pouco e não fazer nada.
Há quem fale num movimento (ou estilo de viagem) “slow travel” para combater este tendência, apelando mais ao acto de viajar e deixar de lado o fazer turismo.
É por isso que adoro visitar cidades pela segunda ou terceira vez. Já não há a pressão de visitar este ou aquele local, porque já os vi anteriormente, o “check” já está feito. Posso simplesmente estar em vez de visitar, contemplar em vez de apenas olhar.
Foi assim em Londres, onde voltei recentemente. Com os “cromos” já vistos pude apreciar a cidade com descontracção, percorrendo as ruas muitas vezes sem destino certo.












Concordo plenamente com o texto, descobri o blog e fiquei fã, leitura leve e com muitas dicas. Parabéns pelo trabalho e fotos maravilhosas.
Obrigado Roberto. É bom saber que o Uma Foto Uma História também chega ao Brasil 🙂
Excelente artigo e fotos Gabriel, concordo em pleno. Cada vez mais, vejo “viajantes/turistas” que seguem à risca os roteiros desenhados nos guias de viagem. Nada se compara a andarmos à solta e deixar-nos perder e dessa forma talvez encontrar algo único e viver uma experiência inesquecível.
Sem dúvida Paulo. Obrigado por acompanhares